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IFSP e IFCE desenvolvem protótipo de respirador

Projeto utiliza equipamentos simples e, se aprovado, poderá ser produzido em todos os Institutos Federais do Brasil

  • Publicado: Quinta, 14 de Mai de 2020, 18h53
  • Última atualização em Segunda, 18 de Mai de 2020, 18h09
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Pesquisadores do Laboratório Maxwell de Micro-ondas e eletromagnetismo Aplicado (LabMax-IFSP), em conjunto com uma equipe do Instituto Federal do Ceará (IFCE), estão desenvolvendo um protótipo de respirador mecânico, por meio do Projeto VentMeCovid19.

Do IFSP, participam os professores do Câmpus Suzano Antonio Marques (responsável pelo projeto mecânico), Wagner Garo, Antônio Mendes e o diretor Breno Teixeira Santos, além dos professores do Câmpus Cubatão Alexandre Maniçoba e Charles Oliveira. Do IFCE, participa uma equipe coordenada pelo pró-reitor de Pesquisa José Wally Mendonça Menezes.  O grupo conta ainda com profissionais da área médica que dão suporte em relação às questões clínicas e fisiológicas. Entre eles, o médico Juan Mejía, cirurgião cardiovascular especialista em ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea), diretor do CityCor (CE) e os fisioterapeutas respiratórios Ingrid Correia Nogueira, da Unichristus (CE), Luiz Alberto Forgiarini, da Universidade La Salle (RS), e Fabrício Fontoura, membro da Comissão Nacional de Tele consultoria Covid-19 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional- COFFITO.

De acordo com o professor Alexandre Maniçoba, a ideia inicial do projeto é do Instituto Federal do Ceará e começou a ser desenvolvida pelos professores do IFSP no dia 26 de março. “O professor Wally entrou em contato comigo e disse que o IFCE estava desenvolvendo alguns projetos com respiradores e nos pediu (do Laboratório Maxwell) que os ajudassem em um deles. Foi então que começamos a trabalhar no projeto baseado no respirador mecânico Takaoka”, contou. O Takaoka é um respirador mecânico que necessita apenas de alimentação de ar/oxigênio, no seu projeto original.  A atual versão do protótipo, desenvolvido no Câmpus Suzano, utiliza um corpo principal usinado em alumínio e aço e partes externas em plástico impressas em impressora 3D.

De acordo com o professor Breno Santos, o protótipo está passando por testes de operação, para que os seus parâmetros sejam adequados a escalas fisiológicas. Segundo ele, ainda não há uma data prevista para a realização de testes com animais ou humanos nem estimativas em relação ao custo, mas afirma que o equipamento “foi pensando para que seja o mais barato possível e que possa ser usinado com equipamentos simples, tornos e ferramentas fáceis de serem encontradas em qualquer oficina”, contou.

Alexandre Maniçoba contou que na próxima fase do projeto será feita uma automação do dispositivo, onde serão instalados sensores e atuadores no respirador, que permitirão os parâmetros de trabalho, como a pressão, por exemplo. Depois disso o projeto será encaminhado para os órgãos médicos responsáveis para que possa ser validado.

O diferencial desse respirador, segundo o professor Maniçoba, é que, por ser muito simples em sua construção, ele pode ser produzido em larga escala, em todos os Institutos Federais do Brasil. “Fazer parte de um trabalho como este, tendo em vista a natureza humanitária dele, é por si só uma das maiores realizações da carreira de um pesquisador, porque estamos trabalhando para salvar vidas. É quase como você vestir a camisa do Instituto e o símbolo do IF te tornar um super-herói, essa é a sensação que a gente sente”.

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