Câmpus Sertãozinho inaugura laboratório do curso de Cervejaria
Atualmente, o laboratório tem capacidade para produzir 750 litros de cerveja por mês
O Câmpus Sertãozinho inaugurou na manhã desta segunda-feira, 6, o laboratório do curso Técnico em Cervejaria. Na ocasião foi firmada uma parceria entre o IFSP e a Associação do Museu da Cerveja de Ribeirão Preto para o desenvolvimento de atividades acadêmicas, de pesquisa e levantamento histórico.
O laboratório é resultado do trabalho realizado pelo câmpus, por meio de docentes de diferentes áreas do conhecimento, e pela Reitoria do IFSP, que promoveu a aproximação entre a Instituição e o arranjo produtivo local. O espaço foi criado com o objetivo de apoiar o desenvolvimento e o crescimento de toda a cadeia produtiva relacionada ao setor cervejeiro, utilizando, para isso, as diversas áreas de expertise multidisciplinar.
Hoje, o laboratório tem capacidade para produzir 750 litros de cerveja por mês, quantidade que deve ser atingida em breve, segundo o coordenador do Centro Multidisciplinar de Tecnologia Cervejeira do IFSP e docente do curso, Jean Rodrigues da Silva. Ele destaca que a produção pode ser ampliada com a aquisição de mais equipamentos.
A produção atual é destinada à degustação entre os mestres cervejeiros e os alunos, para que a bebida atinja um alto grau de qualidade. A Instituição estuda formas para, no futuro próximo, comercializar o produto.
O curso começou a ser ofertado no primeiro semestre de 2020 na modalidade subsequente ao ensino médio, uma vez que é ofertado exclusivamente a estudantes com mais de 18 anos.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Adalton Ozaki, lembrou que aproximação entre o IFSP e o setor cervejeiro se deu por meio de um edital de Indicação Geográfica (IG), em 2018, da Agência de Inovação – INOVA. “A Indicação Geográfica possibilitou essa aproximação com o setor produtivo e se desdobrou em muitas atividades. O curso se soma a outras ações de ações formativas, de pesquisa...Tem uma série de outras ações que ainda podem ser realizadas”, aponta.
O diretor-geral do Câmpus Sertãozinho, Paulo Sergio Calefi, e o coordenador do curso, Marcos Paron, destacaram que as novas instalações do curso refletem o pioneirismo e o protagonismo no apoio ao desenvolvimento regional.
André Barreiro é aluno da primeira turma do curso. Devido à pandemia causada pela covid-19, ele teve apenas 40 dias de aulas presenciais em 2020 e retornou neste último semestre às atividades na escola. "O curso é excelente. Nós estamos num momento em que temos muitas cervejarias abrindo no País todo. Em função disso, não há mais espaço para amadorismo”, avalia. Para André, o diferencial do curso ofertado pelo IFSP, em relação a outras instituições de ensino, é a abrangência das competências aprendidas. “Aqui se ensina muito além do processo de produção da cerveja em si. Aprendemos sobre gestão, negócios, empreendedorismo, logística. Aqui saímos capazes de gerir o próprio negócio. Além disso, o comprometimento dos professores é absurdo. São pessoas apaixonadas pelo que fazem, há um esforço muito grande pra dar certo. E a proximidade com os alunos é muito grande”, finaliza.
Para a aluna Miriam Bastos, o curso é uma realização pessoal. “Há muito tempo eu vi o processo de produção de cerveja em uma visita a uma cervejaria. Quando o IFSP abriu o curso técnico eu fiquei muito feliz e decidi me aventurar, mesmo não sabendo nada sobre a produção da bebida. Hoje eu saio realizada por ter aprendido tanto”.
Parceria
Durante a inauguração do laboratório, foi assinado um acordo entre o IFSP e a Associação do Museu da Cerveja de Ribeirão Preto. O representante da entidade, Paulo Garcia de Almeida, exaltou a importância da parceria. “O acordo é muito representativo, pois é realizado entre um instituto de reconhecimento nacional e é da nossa região, valorizando cada vez mais nosso arranjo produtivo local. Estamos muito satisfeitos sobretudo porque já tivemos a oportunidade de conhecer o corpo docente, o trabalho acadêmico e administrativo, que são excelentes. É um privilégio estar nessa inauguração”, comemorou Paulo, que trabalhou por 30 anos no setor da indústria cervejeira.
A parceria prevê o desenvolvimento em conjunto de pesquisas, ações educacionais e a colaboração para a pesquisa histórica do desenvolvimento do setor cervejeiro na região, que comporá o museu físico da cerveja de Ribeirão Preto.
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