Estudantes do Câmpus Cubatão se unem para ajudar outras mulheres
GirlUp promove ações para promover a equidade de gênero
Um projeto integrador sobre a violência contra a mulher, realizado pela estudante Isabela Maria de Resende Cavalcante, durante o curso Técnico em Eventos Integrado ao Ensino Médio no Câmpus Cubatão, fez com que ela percebesse a necessidade de uma ação com essa temática para a região metropolitana da Baixada Santista. “Realizei uma pesquisa científica em que mapiei a violência contra a mulher na Baixada Santista; diante dos dados, senti a necessidade de trazer algum projeto para as mulheres da região”, conta a egressa que participou de um curso de aperfeiçoamento e conexão para lideranças jovens, o Latin American Leadership Academy, no qual foi apresentada ao Girl Up, movimento da Fundação da ONU voltado ao apoio às meninas adolescentes.
Após concluir o curso técnico, Isabela Maria decidiu implementá-lo na Baixada Santista, e em fevereiro de 2021, deu início ao trabalho do grupo que conta com as estudantes Milene Fernandes Dias Ribeiro e Júlia Lopes Ferreira Costa e as ex-alunas Manuela Pezzatto Toledo Prado, Maria Júlia Silvestre de Farias, Isabelly Cardoso da Silva e Victória Anjos Amaral e Silva, além de Laura Moreira Cesar Souza Moço.
Segundo Isabela, o IFSP foi fundamental para colocar o projeto em prática. “O Instituto Federal nos abre caminhos e nos faz entender a pensar como comunidade.” A equipe do GirlUp conta com sete voluntárias que estudam ou estudaram no Câmpus Cubatão.
Para iniciar os trabalhos do grupo, Isabela reuniu-se com outras meninas que compartilhavam do desejo de trabalhar para a equidade de gênero, e elaboraram estratégias e aliaram-se à representante do estado de São Paulo.
Todo o trabalho é voluntário e pretende promover assistência e apoio às adolescentes em situação de vulnerabilidade, como também o conhecimento e o desenvolvimento econômico para as comunidades periféricas, principalmente nas áreas de educação, saúde, combate à violência e criação de oportunidades sociais.
O movimento conta atualmente com cinco psicólogas, que ajudam com o planejamento do atendimento gratuito, e estudantes de Direito, Serviço Social e da área médica. A equipe busca advogadas interessadas em realizar assistência jurídica para mulheres sem condições financeiras.
Entre as atividades realizadas estão a campanha #LivreparaMenstruar, que arrecadou máscaras de proteção ao Covid-19, álcool em gel e absorventes para as meninas do bairro Monte Serrat, em Santos, e bate-papos sobre higiene menstrual, a importância do ginecologista e autonomia do corpo. As adolescentes atendidas também puderam conhecer algumas posições de ioga que aliviam cólicas e dores menstruais.
O Instagram e as ações vêm ganhando reconhecimento. A conta oficial da ONU repostou registros das atividades do Girl Up Caiçara e deu mais visibilidade ao trabalho desenvolvido pelas voluntárias.
O grupo aceita voluntárias com idades entre 14 e 24 anos. As interessadas podem entrar em contato com o Girl Up Caiçara no insta @girlup_caicara.
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