Projetos do IFSP são semifinalistas em premiação nacional
Equipes dos câmpus Bragança Paulista e Campinas estão entre as melhores do Prêmio Respostas para o Amanhã
Duas equipes do IFSP, dos câmpus Bragança Paulista e Campinas, estão entre as 20 semifinalistas do Prêmio Respostas para o Amanhã, uma iniciativa de abrangência nacional, promovida pela empresa Samsung. A premiação busca estimular e divulgar projetos de investigação e experimentação científica e/ou tecnológica desenvolvidos por estudantes do ensino médio de escolas públicas.
O prêmio funciona assim: as equipes, de três a cinco participantes, devem desenvolver projetos que enfatizem a investigação científica e o pensamento crítico para diagnosticar demandas reais e apresentar respostas que melhorem a qualidade de vida das pessoas. Os projetos devem ser orientados por professores que lecionam disciplinas das áreas das Ciências da Natureza e da Matemática e suas Tecnologias.
A premiação está em sua 7ª edição e aposta na abordagem STEM — sigla em inglês para Science, Technology, Engineering and Mathematics (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) — como inspiração para despertar o interesse dos estudantes por essas áreas do conhecimento. O intuito é contribuir para a formação desses jovens, de modo que as carreiras científicas e tecnológicas sejam um de seus possíveis projetos de vida.
Quem são os representantes do IFSP na semifinal
A equipe do Câmpus Bragança Paulista é 100% feminina, composta pelas alunas Larissa Farias de Morais, Lavínia Vitória Guazzi Alves, Lívia Melo Alves de Morais, Lohayne Muriel Batista Bueno e Vanessa Cypriano de Souzado, todas do 3º ano do curso Técnico em Informática Integrado ao ensino médio. Elas são orientadas pelas professoras Ana Cristina Gobbo César e Talita de Paula Cypriano de Souza.
Essa equipe desenvolve, desde 2018, o projeto Waste Not, que consiste no desenvolvimento de um aplicativo móvel com conteúdo selecionado sobre reaproveitamento de alimento orgânico. De acordo com a professora Ana, a solução incentiva a realização de compostagem orgânica com o desenvolvimento de uma composteira tecnológica doméstica, combinada com um dispositivo de controle de temperatura, desenvolvido em uma plataforma Arduíno, que se comunicará com o aplicativo “Waste Not”.
Além disso, segundo a orientadora, o aplicativo pretende agregar outras informações importantes, como a venda de produtos relacionados a jardinagem e compostagem na plataforma pelos próprios usuários, criando uma comunidade focada no empreendedorismo sustentável.
Para a aluna Lavínia Alves, estar entre os semifinalistas do prêmio representa o reconhecimento de um trabalho que vem sendo desenvolvido há quase dois anos e que, segundo ela, é mais que apenas um projeto. “Representa para nós mais um passo nesse trabalho que nos trouxe tanta realização, inspiração e nos fez pensar de forma diferente sobre muitas coisas. Aprendemos demais, tanto a parte de autoconhecimento quanto em outras descobertas”, contou.
Confira o vídeo gravado pela equipe sobre o aplicativo Waste Not:
A equipe de semifinalistas Câmpus Campinas é composta pelos estudantes Camila dos Santos Oliveira, Monyque Karoline de Paula Silva, Noah Serrati Moreno, Endriely Peres Fernandes e Vinícius dos Santos Ribeiro, todos do 3º ano do curso Técnico em Eletrônica Integrado ao ensino médio. Os orientadores são os professores Edson Anício Duarte, João Alexandre Bortoloti e Daltamir Justino Mais.
O grupo desenvolve o projeto “STEAM na prática: água tratada para todos”, que consiste em um sistema para deixar a água de cisternas potável e adequada para o consumo humano. De acordo com a estudante Camila dos Santos, o projeto está em desenvolvimento há três meses. Segundo ela, a ideia surgiu com a participação da equipe na FBJC (Feira Brasileira de Jovens Cientistas), onde eles participaram de uma maratona de inovação. “Com o final da feira resolvemos levar o projeto adiante, pois acreditamos no potencial de poder ajudar várias pessoas”, contou.
A proposta inicial do projeto é realizar o tratamento diário de 200 litros de água utilizando processo térmico. De acordo com a equipe, este volume de água corresponde à necessidade de uma escola rural do estado de Sergipe que comporta cem pessoas, entre servidores e alunos, a qual foi utilizada como estudo de caso.
O aluno Noah Serrati explicou que a escolha da escola para a aplicação do trabalho também se deu durante a maratona de inovação da FBJC. O projeto, focado no semiárido brasileiro, deveria ser desenvolvido em escolas, hospitais ou indústrias, e o grupo escolheu as redes de ensino. “A partir disso, começamos uma pesquisa sobre as instituições do semiárido, onde nos deparamos com uma política pública de instalação de cisternas de água: 94% das escolas da zona rural de Sergipe tinham recebido as cisternas, e resolvemos focar o estudo de caso lá”, contou. O projeto está na fase de prototipagem.
O professor Edson Duarte contou que este tem sido um ano de muitos desafios e aprendizados, principalmente para desenvolver os projetos integradores de forma remota. No entanto, revela que os resultados têm sido muito bons e afirma que a escolha do trabalho dos alunos como semifinalistas do prêmio Respostas para o Amanhã demonstra que o nível de excelência dos projetos tem sido mantido.
Confira o vídeo gravado pela equipe sobre o projeto “STEAM na prática, água para todos”:
Após passarem da primeira fase e estarem entre os 20 semifinalistas do Brasil, os projetos dos alunos do IFSP estão em uma fase de mentoria online. A segunda etapa, que será realizada no dia 7 de outubro, indicará dez projetos finalistas em âmbito nacional, e a terceira e última fase selecionará os três melhores projetos, no dia 19 de novembro.
Para mais detalhes sobre o “Respostas para o Amanhã”, acesse: https://respostasparaoamanha.com.br.
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