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Professora do IFSP participa de livro sobre a escravização em Araraquara

Obra traz conteúdo inédito com escrituras de compra e venda de escravizados no final do século 19 

  • Publicado: Quarta, 31 de Mai de 2023, 11h54
  • Última atualização em Quarta, 31 de Mai de 2023, 18h34
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A professora de Sociologia Valquíria Pereira Tenório, do Câmpus Matão, faz parte de um grupo de pesquisadores, advogados, autoridades e integrantes de movimentos antirracistas que conseguiu na justiça o acesso a um acervo com quase 500 páginas em que constam os registros de 200 transações de compra e venda de negros escravizados em Araraquara, no final do século 19. O conteúdo inédito, lançado no mês de março, foi reunido e publicado no livro "A História Comprovada: fatos reais e as dores da escravização araraquarense — As histórias que Rui Barbosa não queimou”. 

A publicação reúne documentos, fotos e informações, que estavam arquivadas em cartório, sobre o período da escravização em Araraquara . De acordo com a professora Valquíria, o trabalho foi realizado por pesquisadores de várias instituições: IFSP, Unesp, Uniara, além de lideranças do Movimento Negro e da prefeitura, mas teve como precursora a OAB, que instituiu a Comissão Nacional sobre a Verdade da Escravidão e depois a comissão local em Araraquara.  

Em entrevista concedida ao Jornal Nacional, a professora falou sobre a importância de trazer o acervo a público e de lembrar que os escravizados, apesar de serem tratados como mercadorias, eram pessoas. “E é importante a gente pensar na resistência que existia, nas revoltas, nas lutas. Em todo o processo. Dar novamente humanidade. Humanizar essas pessoas. Então esses documentos precisam vir à tona. Eles precisam ser estudados e eles precisam chegar nas escolas para que a gente possa ter uma outra história, uma história mais plural", afirmou. 

Valquíria, que é integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do IFSP (Neabi), contou que já usa o material nas suas aulas e em seus projetos. “Eu trago esse trabalho para dentro do IFSP em todas as minhas aulas, tanto no ensino médio quanto no superior em que leciono, e também nos projetos de ensino e extensão que realizo”, afirmou.  

Um dos projetos a que a professora se refere é o Clube de Leitura Ubuntu, o qual tem o intuito de divulgar e despertar o prazer pela Literatura Negra. Algumas atividades desenvolvidas podem ser conferidas no perfil do Instagram @clubedeleituraubuntu. 

Acesse aqui a versão digital do livro. 

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