Ir direto para menu de acessibilidade.
Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias > Pesquisa com cogumelos silvestres recebe aditivo da Fapesp
Início do conteúdo da página

Pesquisa com cogumelos silvestres recebe aditivo da Fapesp

Aditivo permitirá aquisição de equipamentos para estudos de cultivo de cogumelos silvestres

  • Publicado: Quinta, 22 de Abril de 2021, 18h13
  • Última atualização em Quinta, 22 de Abril de 2021, 18h20
  • Acessos: 8548

O professor Nelson Menolli Júnior, do Câmpus São Paulo, obteve um aditivo em torno 140 mil reais em seu Auxílio à Pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)*.

O projeto inicial, aprovado em 2019 e intitulado “Cogumelos da Mata Atlântica: diversidade e potencialidades de espécies comestíveis”, prevê o estudo dos cogumelos silvestres comestíveis da Mata Atlântica com potencial de cultivo comercial. A proposta que será executada, até 2024, com financiamento da FAPESP inclui recursos no valor aproximado de R$ 1 milhão, sendo destinado cerca de R$ 400 mil em moeda estrangeira para aquisição de material permanente importado e R$ 170 mil para o financiamento de bolsas para estudantes de treinamento técnico e pós-graduação, além de recursos para serviços, infraestrutura, material de consumo e material permanente nacional.

De acordo com o professor Menolli, o Brasil é um país ainda pouco explorado quanto à diversidade de fungos que ocorrem em nossos ecossistemas, sendo a Mata Atlântica o domínio fitogeográfico que se tem o maior registro de espécies de fungos para o país, com 2.695 espécies, incluindo 900 espécies de macrofungos silvestres, aqueles que ocorrem naturalmente em nossas matas e são conhecidos popularmente como cogumelos e orelha-de-pau. "Apesar da grande diversidade de macrofungos silvestres, o cultivo e a comercialização de cogumelos comestíveis no Brasil ainda estão restritos à utilização de isolados provenientes de países de clima temperado e limitados a poucas espécies", afirma o pesquisador. Nesse sentido, o projeto em desenvolvimento visa conhecer os cogumelos comestíveis e espécies relacionadas de ocorrência em áreas de Mata Atlântica e estudar suas potencialidades de cultivo. "A pesquisa sobre o potencial de cultivo de cogumelos silvestres pode contribuir para o conhecimento da diversidade de macrofungos no país e levar à descoberta de isolados com maior produtividade e melhor adaptados às condições locais", completou.

A aprovação do aditivo de recursos foi solicitada à Fapesp que recebeu o documento com o relatório técnico-científico que incluiu o descritivo das atividades realizadas nos primeiros 18 meses do projeto. O aditivo de recursos financeiros prevê a aquisição de dois equipamentos essenciais para as etapas dos estudos de viabilidade de cultivo dos cogumelos estudados: uma autoclave horizontal 254 litros e um sistema de ultrapurificador de água. "A solicitação do aditivo de recursos foi aprovada integralmente e o relatório foi positivamente avaliado e com indícios de que está ocorrendo nucleação de um novo grupo de pesquisa no IFSP", disse Menolli.

Colaboração institucional

O projeto é desenvolvido a partir da colaboração entre o IFSP e outras instituições nacionais e internacionais, como a Clark University (Worcester, MA, USA), por meio da colaboração dos professores doutores: David S. Hibbett, da Universidade de São Paulo (USP), Cassius V. Stevani, do Instituto de Química; Diego Cunha Zied, da Universidade Estadual Paulista (Unesp, Câmpus de Dracena);  e do Instituto de Botânica – IBt (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo), e da colaboração de estudantes de pós-graduação do Núcleo de Pesquisa em Micologia e das pesquisadoras Adriana de Mello Gugliotta e Vera Maria Valle Vitali.

Graças ao financiamento Fapesp e à contrapartida institucional do IFSP, foi possível a estruturação do “IFungiLab”, que representa o primeiro laboratório do Câmpus São Paulo totalmente destinado à pesquisa na área de biologia e onde o projeto coordenado pelo professor Menolli passa a ser executado inteiramente.

Como ação de Extensão e de divulgação científica dos resultados deste projeto e também de assuntos mais amplos relacionados ao estudo dos fungos, o professor Menolli coordena também o projeto “Dispersar: dispersando esporos e inoculando informação”, vinculado à Coordenadoria de Extensão (CEX) do Câmpus São Paulo e cuja principal ação durante a pandemia tem sido a manutenção do perfil @IFungiLab no Instagram. Para saber mais sobre os projetos desenvolvidos pelo professor e sua equipe, acompanhe no Instagram os perfis @IFungiLab e @cogumenolli.

 

*Esta pesquisa tem apoio da FAPESP, processo número #2018/15677-0.

registrado em:
Fim do conteúdo da página