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Meu câmpus tem: caixa de areia de realidade aumentada

As aulas de Geografia no Câmpus Jundiaí tornaram-se muito mais interativas e atraentes com o projeto “Caixa de Areia de Realidade Aumentada”. A tecnologia permite qualquer simulação que envolva topografia e água, como o rompimento de barragens.

  • Publicado: Segunda, 15 de Abril de 2019, 09h53
  • Última atualização em Quinta, 02 de Mai de 2019, 11h30
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Depois de conhecer a tecnologia por meio da Internet e vê-la pessoalmente em um congresso, o professor Felipe Costa Abreu Lopes (Geografia) propôs a montagem da caixa ao professor de Biologia Daniel Perez e ao técnico em Tecnologia da Informação Caio Vinicius Watzeck Ciavareli, do Câmpus Jundiaí. Felipe e Caio coordenaram a montagem da mesa, enquanto Daniel e a assistente de alunos Adriana Fernandes Machado de Oliveira ajudaram no planejamento da aula de campo para os alunos terem uma vivência prática e criar ideias que pudessem ser aplicadas no projeto.

Os alunos dos primeiros e segundos anos do curso Técnico em Logística integrado ao ensino médio participaram, desde o início, do desenvolvimento do projeto, em novembro de 2018. A reação ao verem o caixa de areia de realidade aumentada funcionando foi, segundo Felipe, de muito espanto. “Os alunos disseram que se tivessem tido uma ferramenta dessa antes, suas aulas teriam sido muito mais interessantes. Alguns perguntaram se poderiam falar com as antigas escolas para trazê-los aqui”, revela o professor Felipe.

A estrutura necessária para a montagem da caixa é simples. Ela é composta de uma chapa de compensado naval com medidas de 2,60 x 1,60 x 0,0015m. Os alunos participaram do planejamento do corte da madeira, da ideia para a estrutura, lixaram, envernizaram e montaram a caixa.

O computador é o “cérebro da caixa” e foi montado especialmente para o projeto, pois precisa de uma placa de vídeo de alta qualidade para o funcionamento do software (todos os softwares utilizados são livres). Os “olhos da caixa” são o sensor kinect (usado no videogame Xbox da Microsoft), que detecta a superfície da areia em tempo real e manda o sinal para o software interpretar e criar as curvas de nível, a palheta de cores e a chuva para, finalmente, o projetor criar a imagem, que vai se modificando conforme a superfície da areia é alterada.

Com todas essas ferramentas, é possível criar qualquer simulação que envolva topografia e água. “Já fizemos, por exemplo, simulações de vertentes com e sem terraceamento para verificar a erosão e o fluxo hídrico, aumento do nível do mar, criação de corredores para migração e de ilhas para especiação e a simulação do rompimento de uma barragem”, relata Felipe Lopes.

Uma das atividades feitas durante as aulas de Geografia foi a simulação do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, no mês de janeiro. “Quando apresentamos para os alunos eles ficaram assustados. Nós também ficamos quando vimos pela primeira vez o resultado”, diz Felipe. Ele destaca que, apesar da simulação não permitir estudos detalhados sobre o acontecido, a representação que a caixa oferece dá uma boa ideia dos impactos que um rompimento de barragem pode causar.

Próximos passos

A iniciativa irá virar, ainda nesse ano, um Projeto de Ensino e contará com dois bolsistas. Inicialmente, serão realizados treinamentos e registrados diferentes cenários na caixa. As simulações serão apresentadas a alunos do ensino fundamental 2 e médio de escolas da cidade.

O projeto, revela professor Felipe, tomou proporções muito maiores do que pensado inicialmente. Depois de realizarem a simulação de quebra de barragem, a tecnologia foi divulgada em diferentes meios de comunicação da região (TV Tem, Jundiaí Agora, CanalTech, TVTEC). As notícias foram replicadas na mídia de todo o País. Desde então, o grupo já foi contatado por professores de São Paulo, Minas Gerais, Amapá, Paraná, Ceará e recebeu um convite para levar a caixa até Curitiba, no Paraná. “Nós achamos essa visibilidade excelente! Deixou os alunos muito empolgados para continuar o projeto e tornou nosso câmpus mais conhecido”.

A ideia do docente é tornar a caixa de areia de realidade aumentada um projeto permanente do Câmpus Jundiaí do IFSP.

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