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Curso de Automação Industrial do Câmpus Suzano atende demandas do mercado

O Câmpus Suzano oferece, desde o segundo semestre de 2018, uma proposta de curso técnico em Automação Industrial alinhada às necessidades do mercado de trabalho. A partir de 2021, o curso terá como base o sistema de ensino dual australiano, por meio de uma parceria entre o IFSP e a Embaixada da Austrália no Brasil. 

  • Publicado: Segunda, 19 de Agosto de 2019, 13h35
  • Última atualização em Quinta, 29 de Agosto de 2019, 13h09
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Suzano e Bragança Paulista foram os dois câmpus escolhidos para inaugurar a metodologia de ensino australiana – que oferece uma formação mais próxima às demandas atuais da indústria por meio, entre outros, do estudo de problemas reais enfrentados pelos profissionais – por já oferecerem programas que aproximam o mundo acadêmico do mercado de trabalho (leia mais).

A proposta pedagógica diferenciada, estimulando a aprendizagem por meio de projetos e da solução de problemas, partiu da direção do Câmpus Suzano, que ouviu a sugestão de ex-alunos do curso Técnico em Automação Industrial tradicional, ofertado desde 2010 no câmpus, os quais responderam a uma pesquisa. Os egressos indicaram, entre outros, a ampliação das relações com o mercado de trabalho por meio de uso de equipamentos utilizados na indústria e da realização de estágio. 

O câmpus então formou uma comissão de servidores para estruturação de uma nova proposta de curso. Algumas das premissas que nortearam os trabalhos do grupo foram: a formação de um cidadão com visão crítica, autonomia e com potencial empreendedor profissional para atuação em conformidade com as demandas atuais e futuras indicadas pelo mercado de trabalho; o estímulo à inovação na abordagem pedagógica, inclusive, pelo uso de recursos tecnológicos para promover novas estratégias e experiências de aprendizagem valorizando as visões de ensino por competências; aprendizagem baseada em problemas e ensino por projetos.

Wagner Garo, coordenador do novo modelo do Técnico em Automação Industrial, aponta que a principal diferença entre os dois cursos ofertados é a interdisciplinaridade por meio da  integração de alguns componentes curriculares em “blocos” de competência, e o enfoque na atuação profissional de forma efetiva, simulando situações de aprendizagem do mundo do trabalho. 

A interdisciplinaridade, avalia o professor, “permitiu que professores de diferentes áreas (mecânica e elétrica, por exemplo) atuassem de forma conjunta no desenvolvimento de uma estratégia de ensino”. Segundo Wagner, entre os bons resultados, o de maior destaque foi “a oportunidade de os docentes vivenciarem uma nova possibilidade pedagógica e interagir com ambientes de outros componentes curriculares, identificando afinidades e novos potenciais de abordagem junto aos alunos”.

Para Danilo, os professores prepararam os alunos para a demanda do mercado

 

As mudanças são bem avaliadas pelos estudantes, que dizem já sentir a diferença oferecida pela nova metodologia. Na avaliação do aluno Danilo Augusto Silva Oliveira, de 17 anos, o curso permite um preparo para atuar em áreas diversas, como prestação de serviços, empresas particulares e públicas, além da indústria, “dando uma maior opção de inserção no mundo do trabalho para o recém-formado. Os professores buscam preparar os alunos para a demanda do mercado, com um perfil que seja atraente para a indústria”.

O coordenador do curso afirma que é cedo para tirar conclusões sobre o novo projeto pedagógico e que ao final deste semestre será realizado um encontro entre os estudantes e os docentes para troca de experiências e avaliações do modelo. 

Outras propostas do novo curso, como parcerias com empresas, precisam ser implementadas. Segundo Wagner, a oportunidade de aperfeiçoamento do projeto a partir da inspiração do modelo dual australiano auxiliará nesse processo. Além das parcerias, a metodologia australiana busca a constante atualização do projeto pedagógico do curso. 

Lara aponta a prática como o maior diferencial do curso

 

Neste semestre, a turma do Câmpus Suzano realiza a primeira visita técnica a uma indústria. Para a estudante Lara Vitória Barbosa Santos, de 17 anos, esse é um grande diferencial. “A automação está em todas as áreas hoje em dia, envolvendo muita tecnologia, que é o que o mercado precisa. O conteúdo do curso é voltado para isso, oferecendo a prática com equipamentos, uma didática mais voltada para as exigências do mercado e como podemos nos adequar aos modelos atuais da indústria”, explica.

O curso pretende formar profissionais que tenham competências para desenvolver e aplicar sistemas de automação industrial em processos contínuos de fabricação com uso de tecnologias de instrumentação e controle; desenvolver e aplicar sistemas de automação industrial para processos discretos de fabricação, com uso de tecnologias de robótica e sistemas flexíveis de manufatura; planejar e realizar a manutenção e a operação de sistemas de automação industrial em conformidade com normas de gestão da qualidade, saúde, segurança e preservação ambiental; empreender, inovar e exercer a cidadania com plenitude e autonomia, mantendo uma atitude crítica, dinâmica e pró-ativa diante dos desafios e identificando problemas e potenciais de melhoria, tanto no ambiente corporativo como em sociedade.

Edson elogia oportunidades oferecidas pelo curso

 

O modelo visa suprir a demanda de profissionais na cidade de Suzano, que abriga inúmeras fábricas nacionais e internacionais de grande porte, as quais somam 46% do PIB municipal e empregam 31% dos trabalhadores do município. O estágio curricular supervisionado é obrigatório aos estudantes a partir do segundo semestre do curso com o objetivo de prepará-los de maneira ainda mais eficiente para o trabalho produtivo. 

Edson Pereira da Silva Junior, de 21 anos, que já possui formação técnica na área elétrica, afirma o curso do Câmpus Suzano oferece a chance de ampliar sua formação e garantir melhores oportunidades. “Estou aprendendo conteúdos importantes como mecânica, instrumentação, controle, manutenção e até mesmo formação na área de projetos. Os professores nos fazem perceber vários aspectos da profissão, e também como nos portar dentro de uma empresa, o que gera um amadurecimento pessoal e o desejo de buscar um crescimento no mercado”, avalia. Para ele, o modelo oferecido hoje pelo IFSP beneficia não só o aluno, mas a empresa também, que poderá ter um profissional moldado para os seus interesses e apto a se integrar às exigências do trabalho.

Conheça o projeto pedagógico do curso aqui.

 

 

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