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Projeto do Câmpus Matão estuda a produção de biogás a partir de resíduos da soja e laranja

Pesquisadores afirmam que os resultados alcançados até agora se mostram promissores.

  • Última atualização em Quarta, 25 de Setembro de 2019, 12h17
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Um projeto de Iniciação Científica desenvolvido no Câmpus Matão estuda a possibilidade de produzir biogás a partir de resíduos agroindustriais. As matérias-primas que estão sendo estudadas para a produção do biocombustível são os bagaços da laranja e da soja.  A pesquisa é financiada pelo CNPq, tendo como orientadora a professora Márcia Luzia Rizzatto e como bolsista o aluno Vinícius Kobal Fregati, do curso de Engenharia de Alimentos.

A preocupação inicial da equipe foi a questão ambiental. Segundo eles, as empresas processadoras de alimentos da região de Matão, assim como as cervejarias, as usinas de etanol, processadoras de mandioca, suco de laranja, entre outras, geram diariamente grandes quantidades de resíduos agroindustriais que acarretam grandes danos para o meio ambiente.  A implantação de biodigestores seria uma alternativa para tratar e reduzir a poluição gerada pelos efluentes dessas agroindústrias, pois por meio deles o resíduo seria tratado por processos de digestão anaeróbia e gerariam como produtos o biogás e o biofertilizante.

O biogás é uma mistura gasosa combustível gerada pela fermentação da matéria orgânica e é considerado uma importante alternativa de energia renovável obtida por meio de um processo natural, com pouco gasto energético em sua produção e baixo custo econômico. Para produção de biogás, faz-se necessário um estudo dos substratos utilizados visando a viabilidade do processo de digestão na prática. Proveniente da degradação da biomassa por microrganismos, o biogás reduz a emissão de gases poluentes e contribui com a preservação do meio ambiente.

O projeto começou a ser desenvolvido há 11 meses. A primeira etapa da pesquisa foi a montagem do biodigestor (equipamento responsável por manter as condições para que os micro-organismos possam se desenvolver e captar o biogás gerado por estes). Depois que esse equipamento foi testado, foram feitas as análises de proteína, matéria seca e umidade. Na sequência, vieram os testes do processo de biodigestão anaeróbica para avaliar a produção de biogás dos resíduos e as suas combinações. Esta fase ainda está em andamento, no laboratório de agronomia do Câmpus Matão.

Apesar de ainda não terem concluído a fase de investigação, os pesquisadores afirmam que os resultados alcançados até agora se mostram promissores. “Pudemos observar que o resíduo de soja produz mais biogás, se comparado com o resíduo de laranja”, comentou Vinícius. Após as conclusões, os pesquisadores poderão disponibilizar os resultados para a indústria.

Vinícius contou que este é o primeiro projeto de pesquisa do qual participa e que é até difícil mensurar o quanto tem aprendido. “O projeto me proporcionou conhecimentos sobre operação, calibração e higienização de equipamentos laboratoriais, noções sobre saúde e segurança, melhorou minha participação em trabalhos em equipe, me colocou em contato com a natureza dos microrganismos, entre vários outros. Sinto que a pesquisa contribui fortemente na minha formação no momento em que ela me coloca a pensar em novas (e diversas) possibilidades que existem dentro do campo da ciência como um todo”. O estudante disse ainda que, ao concluir o curso, pensa em fazer mestrado e doutorado, porém, não descarta a possibilidade de trabalhar em empresas ou de tornar-se um empreendedor na sua área.

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