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Alunos e docentes desenvolvem aplicativo de colaboração

A plataforma promove o encontro de quem precisa de ajuda com quem quer ajudar

  • Publicado: Terça, 16 de Junho de 2020, 13h23
  • Última atualização em Quarta, 01 de Julho de 2020, 10h22
  • Acessos: 11353

Você já precisou de ajuda ou então tentou fazer algum trabalho voluntário mas não sabia onde procurar ou oferecer assistência? O aplicativo Kero Kolaborar nasceu da vontade de uma aluna em ajudar. Ela não sabia como oferecer seu trabalho voluntariamente, então procurou seus professores e, juntos, criaram o app que promove o encontro de quem quer ajudar com quem precisa de ajuda. 

O aplicativo está disponível para o público geral na Play Store desde o dia 11 de junho. Desde então, já foram cadastradas mais ofertas de ajuda do que pedidos, conta Leonardo Motta de Lima, docente do Câmpus São Paulo do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e membro do grupo que elaborou a plataforma.

Entre as ofertas, até o momento, estão: ajuda para estudo de matérias variadas do ensino médio e técnico, doação de leite e de cestas básicas e apoio psicológico. “Do outro lado, estão pedidos de enxoval de bebê, sugestão para apoio educacional e um pedido muito marcante, que foi a doação de leite em pó para assistidos pela Apae. Esse pedido já foi atendido”, revela Leonardo. 

A estudante Maria Júlia Schettini, de 22 anos, do curso de Engenharia da Computação, queria oferecer ajuda neste período de distanciamento social e levou seu anseio aos professores Gabriella Dalpra e Luís Augusto Mendes, do Câmpus Leopoldina do CEFET-MG, onde estuda. “Pensei em ajudar com estudo de alguma disciplina, contribuir com alimento ou roupas. Fui perguntar se sabiam de alguém que precisava para eu fazer a ponte e buscar ajuda”, relata Maria Júlia. Assim nasceu a ideia do aplicativo Kero Kolaborar, executada no Laboratório de Iniciação Científica e de Extensão da Computação (Lince), no próprio câmpus. 

Maria Júlia observa que o isolamento social provocado pela Covid-19 possibilitou que mais pessoas tenham tempo de se dedicar a ações solidárias. “Por conta do distanciamento, agora é ainda mais difícil chegar às pessoas que precisam, mesmo que haja, do outro lado, muita gente disposta a ajudar, principalmente aquelas que já queriam auxiliar, mas não tinham tempo por conta da correria do dia a dia”. 

E como funciona a plataforma Kero Kolaborar?  O usuário realiza um breve cadastro e cria um card chamado de "kolaboração" (seja uma solicitação ou uma oferta). Os demais cadastrados no aplicativo podem ver esse card e oferecer assistência. Os usuários visualizam somente o apelido e as informações escolhidas pelo usuário. Apenas quando há uma correspondência, os cadastrados recebem os dados (e-mail e/ou telefone) para que possam comunicar-se. Simples como dar um "match"!

Como o objetivo era ajudar o maior número de pessoas, o grupo correu contra o tempo para disponibilizar a plataforma o mais rapidamente possível. “A cada teste que fizemos, enquanto a ideia ia tomando a forma de aplicativo, a satisfação da equipe era enorme. Víamos que a possibilidade de ajudar estava cada vez mais próxima. Quando tivemos a primeira versão lançada, foi um momento de muita satisfação e emoção. A cada notícia que temos em relação ao uso e a cadastros na plataforma, vamos ficando mais cheios de esperança. Almejamos que a rede de apoio cresça cada vez mais”, torce Leonardo. 

Saiba mais sobre o Kero Kolaborar em http://kerokolaborar.projetoscomputacao.com.br/

Baixe o aplicativo em https://play.google.com/store/apps/details?id=com.kerokolaborar

Grupo

Como o intuito do projeto é a "kolaboração", professores e alunos de diferentes instituições de ensino e diferentes regiões do Brasil foram convidados para o participar do projeto. Além de Maria Júlia e Leonardo, formam o grupo desenvolvedor da plataforma: Álvaro Carneiro Júnior (aluno de Engenharia da Computação do Câmpus Cuiabá do Instituto Federal do Mato Grosso - IFMT), Ayres Monteiro (aluno do curso Técnico em Informática do Câmpus Leopoldiina do Cefet-MG), Benjamim Nogueira (aluno do curso Técnico em Informática do Câmpus Pontes e Lacerda do IFMT), Gabriella Dalpra (professora do Câmpus Leopoldina do Cefet-MG), João Gabriel Silva (professor de Informática do Câmpus Pontes e Lacerda do IFMT), Luís Augusto Mendes (professor do Câmpus Leopoldina do Cefet-MG), Luiz Otávio Soares (aluno de Ciência da Computação da Universidade Federal de Lavras - UFLA), Luíza Trindade (aluna de Engenharia de Controle e Automação do Câmpus Leopoldina do Cefet-MG) e Pedro dos Santos (aluno do curso Técnico em Informática do Câmpus Pontes e Lacerda do IFMT). 

E como já era de se esperar, nem todos se conhecem pessoalmente. Maria Júlia e Leonardo, entrevistados para essa matéria, por exemplo, só se viram virtualmente. “Cada pessoa envolvida foi indicando outra que sabia que apoiaria o projeto e criamos uma corrente. Todos agarraram a ideia com muito entusiasmo, então não esperávamos pouco desse trabalho”, comemora a estudante. “O Kero Kolaborar (KK) é o nosso coronavírus, mas, ao invés de adoentar, o KK contagia, criando uma corrente do bem”, finaliza Leonardo.

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